Fãs de esporte do mundo inteiro ficaram indignados com o ocorrido no Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula 1 de 2010. Para quem não sabe, o seguinte. Felipe Massa liderava a prova. O segundo colocado era seu companheiro de equipe, Fernando Alonso. A seguinte mensagem chega pelo rádio de Felipe: “Fernando está mais rápido que você. MAIS. RÁPIDO. QUE. VOCÊ. PODE CONFIRMAR QUE ENTENDEU A MENSAGEM?”. Pra bom entendedor, meio “entendeu” basta. Felipe reduz a velocidade, põe o carro de lado e deixa Alonso passar. Depois, nova mensagem de rádio: “Felipe, I'm Sorry.” (“Felipe, sinto muito”, que também pode ser traduzida por “Felipe, me desculpe”. )
Antes que alguém defenda o jogo de equipe, se esse houvesse existido de maneira justa, ninguém teria que pedir desculpas a Felipe Massa. A Ferrari faz isso há décadas. Mas uma coisa é garantir os pontos que farão de um dos pilotos campeão. Outra coisa é dar pontos a mais para o Alonso, que continuaria na mesma quinta posição do campeonato se o joguinho sujo não existisse.
Pura falta de caráter.
Da parte da Ferrari, do Stefano Domenicali, do Alonso e, PRINCIPALMENTE DO FELIPE.
Da parte da Ferrari, do Stefano Domenicali, do Alonso e, PRINCIPALMENTE DO FELIPE.
O dicionário Houaiss diz que caráter é: conjunto de traços psicológicos e/ou morais que caracterizam um indivíduo ou um grupo <eram pessoas de c. agressivo> ; p.ext. feitio moral <homem de c. nobre> ; p.ext. qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento; temperamento, índole; p.ext. firmeza moral, coerência nos atos; honestidade <político de c.>.
A defesa do emprego a qualquer custo é até compreensível em casos onde a outra alternativa seja a fome. Em minha ingenuidade creio que Felipinho já tenha seu leite garantido por muitos e muitos anos. Aliás, toda criança enxerga o pai como um herói. Garanto que o Felipinho não liga a mínima para a Ferrari.
Portanto, Felipe Massa não é vítima. Ele optou por descer ao degrau de Barrichello ao invés de subir ao degrau de Ayrton Senna e Alain Prost. (aliás, nem os sete títulos de Dick Schumacher Vigarista fizeram fãs de automobilismo do mundo inteiro esquecer o tal “da Silva”).
Felipe teve seus motivos: manter um contrato com uma empresa que comprou seu caráter e que paga para ter o direito de o humilhar mundialmente. Felipe determinou que, daqui até o fim de sua carreira, será coadjuvante. Jogou fora seu lugar na história. Deixou de vencer no dia em que a mola que Barichello deixou para trás fazia aniversário, isso iria dar um destaque incrível para a dobradinha, para a Ferrari e todos os seus patrocinadores.
3 comentários:
André, seu texto me fez pensar em muitas coisas que presencio no meu trabalho. É fácil pra nós enxergarmos algo transmitido em rede nacional, mas muitas vezes está debaixo do nosso próprio nariz e não vemos.
Bela exortação na Palavra, que Deus te abençoe e que estejamos atentos para a "não negociação de valores e princípios morais".
Valeu, Ane!
E pra quem quiser lembrar como as coisas funcionavam no tempo de Senna, Prost e Berger,
temos esse otimo post do Rafael Lopes:
http://globoesporte.globo.com/platb/voandobaixo/2010/07/29/senna-berger-e-o-jogo-de-equipe/
É André, infelismente as pessoas se rebaixam mesmo!! É o tal da opressão exercida pelo poder U$ $.$$$,$$!! Interessante seria, que o Felipe e o Alonso parecem os dois antes da linha de chegada!! Uma lição para nunca mais a Ferrari esquecer,essa essa pouca vergonha com falta de despotividade!Pode ser até que fossem mandados embora,(pilotos) mas garanto que iam mais gente tb!! Inclusive o idiota do Stefano Domenicali. Acho que o Rubinho aprendeu essa lição. Veja o que ele(Rubinho) escreveu em seu Twitter na Terça-feira 30/07/2010, infelismente não consegui achar o comentario dele!
Espero que outros pilotos não tome atitudes iguais e absurdas!
Jáverson
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